14/10 - Madrid

Tá bom, vai, na verdade foi um dia inteiro dentro de aeroportos e aviões, mas fica mais chique dizer que foi o dia de Madrid, onde morguei por duas horas pra fazer a conexão.

Ainda no aeroporto, depois de sermos abordados pelo menininho que virou engraxate porque ficou usando tóxicos em vez de ir estudar no CEU da prefeitura, eis que se aproxima meu mais novo amigo Adriel, seguidor de Sua Santidade Mestre Prabunsihvaxotaramavishbundneeshkaracbremeenp, tentando divulgar a sabedoria kármica de sua seita oriental, que chama de "filosofia" e não me deixar esquecer que  morte é apenas uma transição.... 

Querido Adriel, meu filósofo de escolha é Sartre, ainda que Schopenhauer habite um cantinho todo especial aqui no meu coração, e sim, a morte é uma transição do estado "fora do caixão" para o estado "dentro dele"....

Mas o cara precisa sobreviver, pelo menos não estava a caráter, vestindo uma toga encardidinha, pagar 10 contos no livrinho dele me deu a oportunidade de passar uns minutos tirando um barato daquilo tudo, e apesar de suas folhas serem menos absorventes do que repletas de sabedoria, nunca se sabe se o livrinho não poderá acabar quebrando o galho num momento de aperto...

No avião, a decepção: sem telinhas individuais de vídeo na poltrona da frente, mas apenas aquelas telas no teto aqui e ali, como nas aeronaves de 20 anos atrás, que provavelmente é o que a nossa era mesmo. Não que fosse fazer alguma diferença, porque os fones de ouvido também não era gratuitos, mas vendidos a 3 euros, pra quem quisesse assistir bem de longe um filme que não escolheu. Pelo menos dar descarga na privada do avião ainda era de graça. Dei quatro vezes, só pra fazer bom uso da grana da passagem.