24/10 - Cardiff
Ah, epitáfio para a noite passada em Londres: mais um vez dormida em um albergue, também com quartos para 18 pessoas, mas estes com, em vez de beliches.... TRI-liches, o que aumentava a quantidade de corpos por metro cúbico e o grau de promiscuidade entre todos os presentes. Então, atravessar um mar de malas e roupas espalhadas pelo chão para chegar lááá em cima, onde o efeito amplificador dos cossenos fazia com que cada movimento de perna do cara do primeiro andar fosse sentido como um terremoto no terceiro. O mar de roncos que se revezavam ou sobrepunham e uma moça com terrores noturnos que passou a noite despertando aos gritinhos tampouco ajudou muito a passagem por esta pequena sucursal de Abu Ghraib.
Se a véspera havia sido um dia de sol em Londres, o que não é pouca coisa, já no caminho de Cardiff o tempo fechou, e o dia inteiro na cidade foi aquele céu cinzento uniforme com chuva fraca mas incessante caindo sobre a alma, enchacando os pés e barras da calça, apesar de esforços malsucedidos para barrar o estupro pela água.
Mas deu para comer fudge sabor Red Bull, visitar alguns edifícios bem doidos e pelo menos passar pela frente do estúdio de gravaçào do Dr. Who, porque, seguindo a tradição, a coisa fechava às 15:30.
E sim, essa coisa aí embaixo é galês, e não um chimpanzé sentado em frente a uma máquina de escrever tentando datilografar Shakespeare.
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