quinta-feira, 3 de novembro de 2016

03/11 - Belfast



E dizer que há uns vinte anos já estive aqui (sim, o problema de ser um senhor entrado em anos é que a maior parte das memórias começa a ser já de décadas atrás), e não tinha a mais remota memória desta cidade, exceto por minúsculos flashes de estar passando por um bar de paredes vermelhas assim que cheguei aqui, sei lá se de ônibus ou trem, e de estar passando por uma praça com muros
cobertos por trepadeiras, ou algo assim.
Devo ter fotos tiradas aqui, que como todas as outras, de tantas outras férias, ou mesmo os mais recentes blogs de viagem, rapidamente vão parar num limbo das coisas nunca mais revisitadas, o que não deixa de ser outra forma funcional de amnésia, e, consequentemente, inexistência. Em tempo de câmeras digitais, e câmeras no celular, as 800 mil fotos tiradas valem menos do que as duas dúzias de outrora, e, neste sentido, para todos os efeitos também inexistem.



A cidade parece um tanto genérica, inodora e anódina, como uma Limerick maiorzona, mas o almoço e uma pequena descoberta salvaram com mérito o dia. Buffets de comida chinesa, e depois oriental senso lato, e agora de culinária ampla e variada tê sido, nesta viagem, como episódios de gonorréia... Você não espera por eles, se lhe perguntarem responde que obrigado, mas já teve um número razoável deles, mas, quando menos espera, lá está um deles mais uma vez, inevitável, e nada lhe resta senão se render à realidade dos fatos, e fazer algo a respeito. No caso, estuporar o pandú mais uma vez, a muitos razoáveis 6,50 libras. E depois ainda descubro aquela pequena filial do paraíso, que é uma loja de sorvete de iorgurte com uns16 diferentes sabores, todos eles bacanas, não aqueles saborzinhos indefensáveis de açaí e melão de São Paulo. Apesar de vir em um sabor só e não ser tão geladinha, ainda sou mais a Ana Paula Arósio. Mas o sorvete de iogurte representa uma segunda opção muito digna.








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